terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Jovens são os mais prejudicados por desemprego no mundo


Embora o mundo venha se recuperando da crise financeira que abalou os mercados em 2008, a criação de empregos segue sem decolar. E a situação é ainda mais grave entre os jovens, segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho.

Em 2007, ano que antecedeu a pior crise econômica mundial em sete décadas, a situação dos jovens era exatamente a oposta do que se vê hoje. Naquele ano, apenas 12,4% dos jovens nos países ricos não tinham trabalho. O número aumentou em 2010 para 18,2% e não há sinais de queda.

Um dos países onde a situação é mais crítica é a Espanha, destino de 5 milhões de imigrantes em apenas dez anos em busca de trabalho. Muitos eram jovens. Em 2010, o desemprego entre jovens chegava a 39%. Seria de 45% se contasse aqueles que já desistiram de buscar trabalho.
O relatório revela ainda que, pela primeira vez, o Brasil apresenta uma taxa de desemprego abaixo da dos países ricos e, pelo menos nas áreas metropolitanas, abaixo da média mundial. Além disso, um jovem em busca de emprego encontrará uma oportunidade mais facilmente no Brasil do que nas grandes cidades europeias ou americanas.

Há mais jovens desempregados nos Estados Unidos e na Europa que no Brasil, segundo a OIT. O problema é que a qualidade dos empregos ainda é baixa e o país não consegue gerar maior produtividade ao trabalhador, que começa a ser superado pelos chineses.

Antes da crise, em 2007, a taxa de desemprego no Brasil era de 8,2%. Hoje, é de 5,7%. Em 2007, o mundo apresentava desemprego de 5,6%. Atualmente, chega a 6,2%. Nos países ricos, a taxa é de 8,8% em 2010, ante meros 5,8% em 2007. "O Brasil é um dos raros casos onde há uma tendência contrária ao que ocorre pelo mundo", diz a OIT. Segundo o governo, 2,5 milhões de empregos foram criados em 2010.


Fonte: Revista Veja

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